Em Busca da Esmeralda

Ralph caminha junto aos outros até o local onde encontram uma nova garou que parecia não se importar com convenções tradicionais e Pure Heart não se incomoda, o que faz o galliard ter uma pequena e rápida reflexão sobre o assunto, mas nada que fosse importante no momento. Afinal, era preciso ter foco.

Assim, Sly presta bastante atenção nos movimentos de Sombra da noite, na fisionomia da garou: era muito interessante, o galliard admirava o conhecimento e gostaria de em breve poder aprender a executar aquele ritual.

Após ouvir Sombra da noite e Joia de Gaia, o Galliard só pensou de maneira prática em "vamos então!", mas pelo visto o botão da ansiedade é largo em Thirty-shots o que fez o Ragabash pensar em várias preocupações.

"- Devemos seguir na direção que a pedra apontou. O ritual nunca é preciso, entretanto nos possibilita ter um caminho a seguir. Não acredito que separar a matilha seja o mais adequado. E falando nisso, precisamos de um Alfa, não acham?"

Sly só queria seguir em frente, mas precisavam decidir o caminho.

Metal-Bone acaompanhava a todos sem demonstrar muito entusiasmo, estava compenetrado em seus pensamentos e via que se separar era algo que poderia colocar a perder, o que era veemente contra.

- Matilha agindo em conjunto, sem separação.

Seu tom era de uma obviedade seca e assim, ele concorda meneando com a cabeça sobre o que era dito, o ritual da pedra caçadora, mas pensava de uma maneira mais, tecnológica.

"Se tivéssemos um theurge de nossa tribo, poderíamos pedir a um espírito GPS..."

Metal-Bone mantendo-se calado, vê thirty-Shots desembestar a falar e ignora boa parte do que era dito.

"Maldito Roedor, como fala..."

Metal-bone escuta todos e complementa Hanniball, olhando para os outros:

- Concordo com Hanniball, além do mais ele é nosso ragabash, estrategista... Sobre a liderança, é necessário. Alguém se candidata?

- Ah tá, eu já entendi. Toda vez que o negão dá um plano, o plano é ruim. "Uh, discupi sinhô, vo ali vota pa ponta du chicote e fingi qui eu nu sei nada di nadi" - diz, debochado - Vocês atravessam a rua de mão dada um com o outro também?

"A força da matilha é trabalhar juntos" pensa, em um tom de voz meio retardado que refletia o que ele achava daquilo tudo "A força da minha bota é meu pé no seu rabo, John Wick motherfucker".

Não era como se Erik não entendesse os anseios de seus companheiros. Ele sabia o que queriam dizer. Mas não era o jeito como ele pensava. Lobisomens como os Crias de Fenris e os Fianna (e principalmente os Fenrir), mas de certa forma todos os outros, pareciam ver tudo como um grande ringue de porrada, onde números contavam pra muita coisa, mas nunca como poderiam atrapalhar. Mas não era assim com os Roedores de Ossos, principalmente aqueles como Erik. Ele via grandes vantagens em dividir o grupo: o número de integrantes da matilha permaneceria oculto, era muito mais fácil de se locomover e se misturar em multidões, principalmente grandes centros urbanos como São Francisco e havia um plano de backup caso algum deles fosse capturado. Ora, Esmeralda nem teria um plano de resgate em primeiro lugar caso Joia de Gaia tivesse sido capturada com ela! "Força em números o meu rabo". Eles tinham um nome pra isso nas ruas: Street Smarts. Um bando de Roedores de Ossos talvez pensasse de forma semelhante. Mas não aquele grupo.

- Eu adoro o plano de vocês mesmo. Exceto o fato de que é uma bosta. A gente vai chegar lá, botar a garota como isca - a propósito, muito corajoso da sua parte - e daí o que? Vai todo mundo pular em cima...do que mesmo? Vocês não fazem a menor ideia de contra quem ou o que a gente tá indo contra, mas a resposta pra tudo é "vamo caí dentro"? Não é a toa que a gente tá perdendo essa guerra quando a gente depende de um monte de brutamontes que não sabe achar o próprio umbigo sem uma porra de um mapa. Não foi nessa onda que os Uivadores Brancos viraram um monte de monstros sanguinários?

As palavras não vinham com um tom de raiva, mas sim de desalento. Erik não tinha vontade nenhuma de morrer e sentia um calafrio de entrar em uma situação perigosa sem um bom plano. Nenhum jogador entrava em quadra sem saber a jogada do treinador e o time adversário. Não sentia raiva e apenas se expressava mal com palavras. Mas ele realmente achava aquilo uma loucura.

- Eu voto no Sly pra líder dessa matilha, MB. Pelo menos ele sabe rimar. Precisa de um pouco mais de Tupac, mas é um começo.

Metal-Bone continua impassível, não era fadado a brincadeiras e as vezes os roedores de ossos eram bem irritantes. O Ahroun fica surpreso, afinal a matilha era um tanto quanto diferente do que conhecia, o Fenrir não se candidatou, ainda mais sendo um ahroun, iria deixar ser liderado por um Galliard da Weaver? se perguntava o jovem Ethan. Além do mais o Ragabash também votara em Sly, o que era um tanto curioso, seria uma maquinação do senhor das sombras?

"Maldito Roedor, fala demais esse puto..."

Metal-Bone permanecia de braços cruzados e assim levanta a voz:

- Democracia é algo um pouco incomum na nossa nação,curioso, inclusive... Eu não me candidato e sou de acordo com o nome de Sly.

Metal-Bone se cala e observa o Fenrir, o encarando. Será que seria fenrir de verdade e pleitear um posto que naturalmente ele pensaria que seria o melhor (mesmo não sendo) para ocupar, ou era um fenrir bunda, que não ligava e não achava em ser o melhor...

"Veremos."

Kalf sempre foi reservado, nunca gostou de falar muito, e com certeza, essa matilha o fez dar nais valor ainda ao silencio, porem nesse momento ele precisava se manifestar. Ele olha diretamente para Thirty-shot.

' - Vamos ao que interessa então, Thirty-shot , cala a porra da sua boca, e vai buscar os seus culhões, sabe lá onde você os tenha esquecido. Esse seu discurso de povo oprimido e escravizado, você enfia no meio do seu cu preto! Você tem Tribo e augúrio e se nasceu em duas ou quatro patas, é isso que importa. A cor que você nasceu só importava pro seu pai, já que um filho loiro não teria caído muito bem.  . Ele dá uma olhada para todos com cara de poucos amigos. Vocês estão de sacanagem ? Sly para Alfa ? vocês querem entrar em batalha cantando a macarena ? É isso que eu entendi ? Ahhhh, não fode ! Vamos fazer assim, eu me proponho a ser o Alfa e se alguém tiver alguma coisa contra, faça o favor de se candidatar também e resolveremos isso da forma que o mestre de desafios da seita achar melhor.  

Sly ouve os companheiros de matilha, que em sua grande maioria, o escolhiam como Alfa. Não havia nenhuma intenção no galliard em ser o lider do grupo, quando colocou a questão em jogo. Ele apenas percebeu que havia uma importância, naquele momento, da presença de um líder.

" - Acredito que precisamos de um líder e para mim, um líder é aquele que consegue nos guiar com sabedoria, que saiba a hora certa de ouvir e a hora certa de falar. Um grande líder não separa, mas reuni. Sabe ler cada um sob sua liderança para despertar o melhor que se há a oferecer. Todos somos formados por erros e acertos, qualidades e defeitos, cabe ao líder privilegiar o nosso melhor.

Sly olha para todos naquele momento, respira profundamente e finaliza o seu pequeno discurso:

"- A união das tribos em uma matilha deve nos fazer perceber as qualidades que a diferença nos traz: um é a força, outro a astúcia, mais um o conhecimento. O que nos diferencia e nos une torna-nos mais fortes."

O Galliard olha para Pure Heart e finaliza:

"- Acho que devemos ouvir Pure Heart frente à nossa situação, sua sabedoria e experiência são de suma importância."

Ethan estava começando a gostar da brincadeira e finalmente o Fenrir se manifesta.

"parece que ele tem culhões."

- Então Kalf, ainda me deve uma cerveja, se eu te ganhar na porrada, vai dever uma cerveja e me obedecer como alfa.

Ethan dá dois passos para frente e fala para Pure Heart:

- Não vamos facilitar para o filho dos Fenris... Qual a graça teria... Eu quero ser oponente.

Todos observam Sombra da Noite realizar o ritual com admiração. Ela termina e observa a cena que se desenrola em seguida. Os integrantes da matilha começam a pensar sobre para onde iriam e como iriam agir quando chegassem lá para procurar Esmeralda. Thirty-Shots quer separar a matilha, sob o pretexto de que seria mais fácil rastreá-los se andassem juntos. Os demais membros da matilha discordam da ideia e Sly sugere ter um Alpha para tomar as decisões de maneira mais assertiva.

Thirty-Shots sugere o nome de Sly para líder de matilha, Hannibal concorda, Metal-Bone a princípio também acena para o nome do Galliard Andarilho.

Kalf, que vinha calado há algumas horas, resolve se manifestar.

Kalf escreveu:' - Vamos ao que interessa então, Thirty-shot , cala a porra da sua boca, e vai buscar os seus culhões, sabe lá onde você os tenha esquecido. Esse seu discurso de povo oprimido e escravizado, você enfia no meio do seu cu preto! Você tem Tribo e augúrio e se nasceu em duas ou quatro patas, é isso que importa. A cor que você nasceu só importava pro seu pai, já que um filho loiro não teria caído muito bem.  . Ele dá uma olhada para todos com cara de poucos amigos. Vocês estão de sacanagem ? Sly para Alfa ? vocês querem entrar em batalha cantando a macarena ? É isso que eu entendi ? Ahhhh, não fode ! Vamos fazer assim, eu me proponho a ser o Alfa e se alguém tiver alguma coisa contra, faça o favor de se candidatar também e resolveremos isso da forma que o mestre de desafios da seita achar melhor.

Sly foge do confronto direto e argumenta solicitando a intervenção de Pure Heart:

Sly escreveu:" - Acredito que precisamos de um líder e para mim, um líder é aquele que consegue nos guiar com sabedoria, que saiba a hora certa de ouvir e a hora certa de falar. Um grande líder não separa, mas reuni. Sabe ler cada um sob sua liderança para despertar o melhor que se há a oferecer. Todos somos formados por erros e acertos, qualidades e defeitos, cabe ao líder privilegiar o nosso melhor.

Sly olha para todos naquele momento, respira profundamente e finaliza o seu pequeno discurso:

"- A união das tribos em uma matilha deve nos fazer perceber as qualidades que a diferença nos traz: um é a força, outro a astúcia, mais um o conhecimento. O que nos diferencia e nos une torna-nos mais fortes."

O Galliard olha para Pure Heart e finaliza:

"- Acho que devemos ouvir Pure Heart frente à nossa situação, sua sabedoria e experiência são de suma importância."

Antes que Pure Heart pudesse se pronunciar, no entanto, Metal-Bone, que ficou com os pelos eriçados só de ouvir a palavra desafio, já dá um passo à frente:

Metal-Bone escreveu:- Então Kalf, ainda me deve uma cerveja, se eu te ganhar na porrada, vai dever uma cerveja e me obedecer como alfa.

Ethan dá dois passos para frente e fala para Pure Heart:

- Não vamos facilitar para o filho dos Fenris... Qual a graça teria... Eu quero ser oponente.

Um silêncio sepulcral se instala no ambiente por uns dois ou três segundos que pareciam ser séculos. Os presentes se entreolham, a tensão à espreita sob a luz turva da lareira. Sombra da Noite quebra o silêncio batendo palmas:

- Ora, ora, esse impuro tem mesmo coragem! Se você não tivesse desafiado, eu teria - diz ela em tom de deboche - adoraria dar uma surra nesse macho metido a alpha! hahahahahaha - e olhando para Pure Heart, prossegue - é, velho, parece que o meu trabalho por aqui acabou. Vou nessa voltar para a vigília. Avise se precisar de algo. - e saiu descendo as escadas.

Pure Heart a essa altura estava impaciente e com cara de poucos amigos.

- SILÊNCIO, BANDO DE INÚTEIS. Por Gaia, vocês não conseguem resolver nada sozinhos? Não conseguem decidir se querem dividir a matilha como estratégia ou mantê-la junta. Não conseguem decidir quem será o Alpha de vocês sem ter que perder o precioso tempo que poderia ser usado para resgatar Esmeralda. Nem um nome a matilha de vocês consegue decidir! Sinceramente, vai ver que é por isso que vocês se enfiaram em uma bad vibe na Umbra na madrugada passada. E aí vem esse Ahroun insolente, fala do Ragabash Roedor mas não tem o mínimo respeito pelas convenções da sociedade hominídea. Até onde eu sei você não é um Garra Vermelha para apresentar esse desprezo. E daí se um é latino e o outro é preto conforme os padrões dos macacos? Foi de lá que vocês vieram, exceto esse Impuro aí, - diz apontando para Metal-Bone. Ele prossegue, sua voz ficando cada vez mais grave, como se a Fúria o estivesse começando a consumir - Se o Roedor fala, confesso que não dou muita atenção, mas um guerreiro Fenrir com essa conversa, sinceramente... Vamos resolver isso rápido, já que o Impuro quer desafiar o Fenrir. Vamos até o Mestre de Desafios.

Ele sai descendo as escadas, Jóia de Gaia o segue silenciosamente, juntamente com os demais do grupo. A noite estava ficando realmente fria e o grupo volta para a casa principal, onde na soleira de uma das portas, um grande lobo cinzento de olhos esverdeados vigia. Pure Heart se dirige a ele:

- Justiça-contra-a-Wyrm, temos um desafio pela liderança dessa matilha. Quem sabe depois de definir um Alpha eles consigam servir para alguma coisa - a voz do ancião era de desprezo.

- Desafio. Caern ser de enigmas. Propor desafio de enigmas. Que Ancião achar?

- Hmmmm... Enigmas. Parece muito bom. No entanto, conforme a regra, desafios de predominância podem ser definidos pelo desafiador. Deixarei o Impuro decidir se prefere um desafio de Olhar, Jogo ou Duelo. E então, Metal-Bone, o Mestre de Desafios sugere enigmas. Estou lhe dando a oportunidade de definir se prefere prosseguir assim ou se decide de outra maneira.

Kalf sabia que no momento que falasse tudo que estava engasgado, as palavras não seriam bem aceitas, mas ele não estava se importando muito com isso, tão pouco com as opiniões alheias. Só o que importava para o lua cheia, era resolver logo o que tinha que ser resolvido, e sair logo em missão.

" Mas que povo sensível, só algumas palavras diretas e fazem toda essa comoção."

Seguido o ancião até o mestre dos desafios, Kalf aguarda ansioso pela decisão de qual será o desafio, e não consegue esconder a decepção com a idéia do Juiz.

" Mas esse babaca só pode estar de sacanagem. Como assim que o desafio entre dois Ahrouns , vai ser um joguinho de o que é ? Ele é retardado ? "

Foi quando o ancião teve a magnífica idéia de deixar o desafiante escolher.

Metal-Bone acompanha o ancião e aquilo fazia com que ele ficasse agora sério. O Fenrir deveria se provar, afinal se ele fosse um líder deveria ter pelo menos um teste para se provar.

"Vamos ver o que acontecerá..."

Metal acompanha tudo e permanece calado, não queria ser o alfa, mas não poderia se esconder, ainda mais sendo um ahroun.

- Sei que aqui é Caern de enigmas, mas devemos estar preparados para tudo e eu se eu for alpha, cada um aqui terá seu papel bem desempenhado. Portanto, seguindo meu augúrio e do meu desafiante, escolherei Duelo. Se quero o respeito de outro guerreiro, ainda mais sendo um Cria De Fenris, irei duelar de forma direta, aqui ahrouns não terão medo.

Metal-Bone olha para Kalf e meneia com a cabeça, tinha até então uma boa relação com o Fenrir, se fosse para ser alfa, que conquistasse o respeito no desafio.

Kalf aguardava pelo posicionamento de Metal-Bone, e assim que o lua cheia se pronuncia, Kalf abre um largo sorriso, e olha diretamente para o outro Ahroum.

'- Independente de quem vencer, agora sim essa matilha será bem liderada, e só corrigindo uma besteira que você falou. Quem deve a cerveja aqui, é você, não se faça de maluco.'

Ele então da uma risada: ' - Vamos logo com isso, estamos perdendo muito tempo.'

-HAHAHA

Metal-Bone sorri para o seu adversário daquele momento.

- Vamos apostar mais uma então, uma boa bebida nunca é demais...

Metal-Bone sorri de lado e olha para Pure-Heart, esperando a decisão do ancião.

Agora a coisa tinha esquentado. O John Wick continuava sendo um bosta, mas isso Erik já esperava. A essa altura já estava acostumado tanto com a falta de paciência dos outros (e Hannibal parecia realmente não gostar dele) quanto pelo que ele julgava ser uma visão obtusa de quem nunca teve de viver na rua como ele. Parecia óbvio que a missão do grupo era rastrear a garota, e não chutar a porta da Cybersolutions e ele não via como algo inteligente um grupo de óbvios suspeitos fazerem isso juntos bem no olho do furacão. Sentia falta dos seus amigos Ratkin. Pelo menos eles tinham essas discussões embriagados.

Mas foi a reação de Kalf a mais surpreendente. O Cria de Fenris havia ficado a maior parte do tempo calado, e agora Erik meio que preferia que tivesse continuado assim. Ele tinha toda a compostura e o decoro dos membros da tribo. Ele ia se manifestar mas Sly falou antes e não só tirou o corpo fora da posição de alfa como não falou nada. Talvez fosse um erro ter votado nele. "Tupac teria aceitado", pensou consigo mesmo, "Tupac teria dado um tiro na face desse filho da puta".

E aí Metal Bone decide que quer ser líder também...literalmente minutos depois de ter falado que não queria. Erik gostava do Andarilho em grande parte pela sua habilidade de ficar quieto. Mas parece que além de sofrer de amnésia ele era também bipolar. Aquela matilha era toda fodida. "É...Esmeralda tá na merda..."

A jovem Sombra da Noite é quem ficou com vontade de arrancar um pedaço da cabeça de Kalf. "Viu só, Sly?", pensou consigo mesmo, "Ela é gostosa e tem espinha! Dois a zero pra ela seu maricas". E Pure Heart, o ancião, aparentemente também não tinha levado numa boa os comentários do Fenrir. E começava a ficar putasso.

Lalalady escreveu:Se o Roedor fala, confesso que não dou muita atenção, mas um guerreiro Fenrir com essa conversa, sinceramente... Vamos resolver isso rápido, já que o Impuro quer desafiar o Fenrir. Vamos até o Mestre de Desafios.

"Não dá muita atenção?", foi o que Erik absorveu do discurso. E lá iam eles de novo através da neve e da noite gelada. Eles tinham um gosto de estranho de ficar andando pra lá e pra cá no frio. Mas pouco a frente encontraram um lobo cinzento de olhos verdes. Era Justiça-contra-a-Wyrm. Ótimo. Mais um que não gostava do Roedor. Não que isso fosse incomum no caern. "Valeu, Archy", pensou lembrando de seu mentor que agora mesmo deveria estar na sua sala na WU (Wyoming University) ou em sua casa fazendo...qualquer coisa mais interessante do que aquilo, "Pra um gênio que nem você, essa foi uma ideia horrível..."

Pelo menos o duelo, ao que tudo indicava, não ia ser na porrada. Não que Erik não gostasse eventualmente de acompanhar a UFC...mas a luta entre aqueles dois ali só seria divertida caso colocassem máscaras nos dois e chamassem o evento de "El pollo diablo x La Muerte". O que? Não tinha problema nenhum gostar de Lucha Libre, era um esporte perfeitamente legítimo e seguro. Fosse como fosse, já que Sly tinha arregado, Hannibal era um cuzão e ninguém nunca iria votar em Erik para líder da matilha...ele meio que escolheu a torcida de Metal Bone. Ethan era meio cuzão também. Mas não mais do que Kalf.

Só que aí Ethan pediu pra rolar a porrada convencional. Erik nem sabia porque havia esperado alguma coisa diferente.

- MB, só um momentinho - diz se aproximando de Ethan - Olha irmão, sendo sincero, eu nunca gostei muito de você, mas isso é só porque você tem esse monte de tatuagem e o fato de que você não lembra de nada da sua vida, pra mim isso significava que você é serial killer e tudo mais, entende? Então tem essa. Mas saiba que agora eu to contando com você pra chutar a bunda desse racista filho da puta - e aumenta a voz para que Kalf possa ouvir - QUE ACHA QUE ESSA PORRA DESSE BIGODE FICA LEGAL NA CARA DELE! - e pára um tempo, voltando a voz de novo para Ethan -...de qualquer jeito, to contando com você, irmão

Ethan vê a. Aproximação de Erik, o ragabash era um cara engraçado, metal não era muito fadado a alegrias e risadas, mas sua vida era uma bosta de vazia sem a lacuna de uma caralhada de anos.
"Esse cara é engraçado."

Metal estica o punho, aquele soquinho de saudação para agradecer o apoio, assim fala de forma leve para o roedor.

-se for alfa, me lembre de colocar Tupac no som do meu carro e pagar uma cerveja que tu gosta.

Ethan olha para kalf, e espera a conclusão dos anciões, o andarilho era perturbado e sua história o fazia ser mais leve com essas questões. Então, iria em frente, seria bom ganhar um duelo ou respeitar alguém que ganhou o duelo

Pure Heart olha para Ethan enquanto os demais mostram suas reações sobre a ideia do duelo. Um vento frio quase cortante passa pelos integrantes da matilha. Estava uma noite intensamente gelada, provavelmente algo menor que 0ºC. Estava ficando difícil ficar do lado de fora. Pure Heart sorri. Ele cochicha algo na orelha do Mestre de Desafios, que escuta atentamente. Quando ele termina, Justiça-contra-a-Wyrm abana o rabo e acena com a cabeça.

- Ancião ter ideia boa de desafio. Mestre de Desafios aprovar.

Pure Heart prossegue.

- Pois bem, eu adoraria ver um duelo entre os dois Ahroun, mas não quero que os membros da matilha se digladiem gratuitamente, por isso proponho um duelo de resistência. Vejo que ambos possuem basicamente a mesma constituição física e porte atlético, por isso, vamos até uma clareira não muito longe daqui e, na forma hominídea, vamos testar a capacidade de vocês de resistir a esse frio sem agasalhos, só com a roupa do corpo. Assim, saberemos quem é o mais vigoroso de ambos e, também, não deverá demorar muito. Nós ficaremos não muito longe, mas muito bem agasalhados, aguardando para ver quem cairá primeiro.

Jóia de Gaia se despede, voltando para a casa. Os demais seguem, junto ao Mestre de Desafios, para a clareira. A noite ia alta e Pure Heart levava uma lanterna para iluminar o caminho.

Chegando ao local, Ethan e Kalf se põem um à frente do outro. Thirty-Shots tira os casacos de Metal-Bone e Hannibal tira os casacos de Kalf. Imediatamente, ambos sentem o frio percorrer suas espinhas.

Os presentes entram em Crinos para a defesa caso o teste de estresse gere um frenesi. Justiça-contra-a-Wyrm rompe o silêncio.

- Desafio começar.

Pure Heart suspira:

- Que o Grande Wendigo nos proteja.

O desafio começa. Nos primeiros três minutos, os dois oponentes se olham, suprimindo suas emoções em relação ao frio intenso que fazia no local. Nos três minutos seguintes, Ethan demonstra vontade inabalável, nem mesmo movendo um músculo. Kalf se sente menos confiante, mas permanece firme. Os primeiros seis minutos passam e os dois permanecem fazendo grande esforço para não se abalar diante do frio. Mais de dez minutos se passam, Kalf continua firme, resistindo, Ethan fecha os olhos por alguns segundos, um flash de memória vem à sua mente, em uma mesa de cirurgia, uma dor excruciante percorre sua espinha, por cada osso do seu corpo. Ele perdeu o controle, assumindo sua forma Crinos.

Pure Heart rapidamente pula em direção a Kalf, antes que ele perceba, colocando-o em seu ombro e correndo para um lugar seguro.

Os demais correm para direções diferentes. Ethan corre em direção a Justiça-Contra-a-Wyrm que, impassível, canta uma música suave enquanto se esquiva dos golpes furiosos do impuro. A música lentamente vai acalmando o Garou em frenesi, que vai desacelerando seu ritmo até cair na neve, em total cansaço. O Mestre de Desafios grita para a grande clareira:

- Desafio terminado. Kalf é novo Alpha.

Sistema e rolagens:

Erik fica desnorteado pelo desafio proposto. Se já haviam chegado até ali, que deixassem rolar a porrada. Mas outro teste poderia ser interessante.

PODERIA. Do verbo "não foi". O roedor de ossos não gostou do desafio proposto por Pure Heart. Tinham coisas mais interessantes do que ver dois marmanjos morrendo de frio na neve. A menos que um deles literalmente morresse de frio. "Dois caras sem casaco na neve é um desafio? Claramente ele nunca esteve em Chicago'". Mesmo assim ele ajudou a tirar o casaco de Ethan, ainda torcendo pra que pelo menos o andarilho ganhasse.

Mas ficou pior ainda, porque Ethan entrou em Frenesi e Justiça-Contra-a-Wyrm teve de segurá-lo para conter sua explosão. Ele não aguentou contra um punhado de neve sem perder as estribeiras. Talvez ele fosse mesmo um serial killer.

- Ah ótimo. Maravilhoso. Não tem problema, eu sempre quis fazer parte da Klu Klux Klan mesmo, mas eles nunca me deixaram entrar. Acho que essa é uma boa segunda opção.

Ele chega perto de Metal Bone que jazia perto do Mestre de Desafios e estende a mão pra ele

- Bora, MB, levanta esse seu rabo do chão. A gente tem que ir decidir como a gente vai morrer.

O desafio fora proposto, e Metal-Bone se encaminha para o duelo.

resistindo ao frio os dois seguiam o Embate, e Ethan continuava firme até que deu uma fraquejada e sua força de vontade se esvai. Sua memória remete a fria sala de cirurgia e aquela dor imensa percorria sua espinha. Era necessário aquilo, mas a memória era excruciante, massacrante e extremamente aterrorizante. Os olhos de Metal-Bone começam a ficar rubros e dor percorre seu corpo, lembrando aquele dia, o Frenesi invade sua mente, e explode irrompendo em fúria. Um grande lobo branco em crinos com mechas azuladas metálicas aparece, era o que destacava seus pêlos desde que fizera a mudança necessária para poder ser um lutador, não sabia que o líquido do metal se sobressaia sobre sua pelugem, mas era dessa forma que o garou era visto.


LOgo Metal-Bone acorda, estava derrotado e assim, os Ragabashs chegam e se aproximam. Metal aperta a mão de Haniball e meneia com a cabeça.

- Nem sempre é dia de vitórias...

Metal-Bone sorri para Erik e o responde prontamente:

- Ainda colocarei Tupac no carro. promessa é dívida.

Metal-Bone caminha diretamente ao vencedor e estende a mão para Kalf.

- Duas cervejas que te devo. Que nos guie com Honra e sabedoria para a glória, alfa.

Quando Pure Heart coloca o lua cheia no chão, ele escuta o Mestre dos desafios gritando seu nome como vencedor da disputa. Com tudo, ele só consegue pensar em vestir suas roupas e ir para um lugar quente onde ele possa beber uma boa dose de qualquer coisa que o esquente e contenha álcool.

" Puta que me pariu, mas que porra de desafio de merda que só me fez querer beber mais do que o normal."

Enquanto veste suas roupas, Kalf recebe os cumprimentos de alguns de seus companheiros, inclusive de Ethan que ja tinha se recuperado do frenesi, e lhe estendia a mão para parabenizá-lo. Ele então aperta com firmeza a mão de seu companheiro e fala: ' - Qualquer disputa é sempre bem vinda Ethan, mas quando se trata de um oponente da sua altura, a vitoria tem um gosto melhor, e a derrota será sempre amarga, mas aceitável quando se perde para alguém com  o seu valor. Espero que você aceite ser meu braço direito e Beta dessa matilha. Assim como aguardo ansiosamente pelas minhas cervejas. Mas em outra hora , já que nesse momento, algo mais quente cairia melhor.'  

Kalf então olha para os outros integrantes da matilha: ' - Não espero que gostem do resultado, mas espero que o respeitem ou contestem logo agora, para que possamos virar essa pagina. Aproveitem a oportunidade, pois sairemos em missão e dependeremos uns dos outros, e confiança é fundamental nessa hora. Alguém ?'

 
Ele então aguarda a resposta de seus companheiros.

Ethan responde prontamente o aperto de mão e concorda com a cabeça.

- Serei o seu Beta, até que eu morra ou ache alguém melhor. Todos lutam, ninguém desiste. Quantos as cervejas, por minha conta.

Ethan, se afasta e olha a sua volta, sabia que ninguém o desafiaria.

"Que Gaia guie com sabedoria suas ações... de algo é certo, um Cria de fenris na liderança, é sinal de ação... Não poderia esperar nada melhor...